- Área: 1300 m²
- Ano: 2015
-
Fotografias:Ronald Tilleman
-
Fabricantes: Lightnet
Descrição enviada pela equipe de projeto. Depois de uma reforma de oito meses, o Museu Biesbosch reabriu ao público neste ano. O museu foi completamente transformado e ampliado com uma nova ala que se abre para os belos cenários ao redor e abriga um restaurante e espaço de exposições temporárias de arte contemporânea. A exposição permanente que explica o desenvolvimento histórico da região também foi totalmente renovada. Um parque de água doce foi planejado também para a Ilha do Museu. O edifício, seu interior e o parque de água doce foram projetados pelo Studio Marco Vermeulen, e a exposição foi desenhada pelo Studio Joyce Langezaal.
A preservação da água foi a razão fundamental para a criação da ilha do Museu Biesbosch. Como parte de um programa nacional de preservação da água, o terreno de 4450 hectares, em Noordwaard, foi transformado em uma área de retenção de água. Ambos os lados do terreno onde fica o Museu Biesbosch foram escavados para criar uma nova ilha.
Para a maioria dos visitantes, o Museu Biesbosch é o ponto de partida para explorar o Parque Nacional Biesbosch. O museu, no entanto, não estava antes equipado para acomodar o números de visitantes em crescimento. Além disso, a apresentação da coleção necessitava uma revisão. Em 2012, cerca de 35.000 pessoas visitaram o museu, enquanto que nos primeiros três meses desde a reabertura, 30.000 pessoas já visitaram o complexo.
Para evitar qualquer desperdício de material ou energia, a estrutura hexagonal dos pavilhões originais do Museu Biesbosch foi mantida, e uma nova ala de 1000 metros quadrados foi adicionada no lado sudoeste do edifício. Dispondo de extensas áreas de fenestração, a asa se abre para o jardim da ilha. A extensão abriga um restaurante orgânico que oferece vista para a água e paisagem adjacentes, além de espaço para exposições temporárias.
O edifício existente abriga a exposição permanente, uma biblioteca, um teatro multiuso e a área de entrada com recepção e loja do museu. Os visitantes podem obter informações turísticas sobre o Parque Nacional Biesbosch, comprar bilhetes para o museu e para passeios de barcos elétricos. A cobertura, com grandes aberturas, também serve de espaço para os escritórios do museu, da Comissão Florestal Holandesa e da administração do parque.
Os edifícios, novo e antigo, foram cercados por obras de terraplanagem e cobertos com um telhado de grama e ervas. O telhado acrescenta valor ecológico, criando um objeto escultural que tem a arte da terra e, ao mesmo tempo, manifesta-se na paisagem circundante. Uma dobra no teto dá lugar a uma trilha de aventura e um posto de vigia.
A nova exposição permanente oferece uma rica visão geral da história do Biesbosch, da cultura e da coleção do museu. A história original do Biesbosch é apresentada em sete pavilhões, desde 1421 até hoje, como uma área de lazer. Os moradores, a economia, o artesanato e a natureza são exibidos em espaços multimídia que estimulam todos os sentidos. O material original dos filmes, das fotografias e das entrevistas apresentam de uma forma pessoal e viva a região e seus moradores.
Tanto a nova ala quanto o volume existente foram projetados para minimizar o consumo de energia. O vidro frontal é resistente ao calor e elimina a necessidade de cortinas. As obras de terraplanagem do lado noroeste e o telhado verde servem como isolantes de calor. Em dias frios, um aquecedor que utiliza biomassa mantém o edifício na temperatura certa, aquecendo os pisos. Em dias quentes, a água do rio flui através da mesma tubulação para resfriar o edifício.
O esgoto sanitário é purificado através de um filtro natural de Salgueiro: o primeiro na Holanda e um reconhecimento da cultura de sustentabilidade do Biesbosch. Os salgueiros absorvem a água residual e as substâncias que ela contém, como nitrogênio e fosfato. Estas substâncias atuam como nutrientes e ajudam o salgueiro a crescer. A água purificada é descarregado no zona úmida adjacente e e são direcionadas para o rio. Uma vez que os salgueiros são serrados e secos, a madeira pode ser usada como combustível no aquecedor de biomassa no museu ou para outros fins.
O museu utiliza muitos recursos disponíveis na área, não só para o seu fornecimento de energia e tratamento de água, mas também para o menu do restaurante e microcervejaria. Além disso, o museu pode contar com o compromisso de dezenas de voluntários, muitos dos quais trabalharam no Biesbosch no passado. A maioria dos trabalhadores envolvidos na construção também são locais.
O Biesbosch tem uma história rica em produzir e processar materiais naturais e é avançado em relação à tecnologia de biomateriais. O museu proporciona espaço para a arte, de preferência feitos de materiais naturais do próprio Biesbosch, na nova ala e na ilha.
No meio do século passado, algumas espécies, como o salmão, desapareceram das águas do Biesbosch. Com a abertura das comportas do açude de Haringvliet e com a água mais limpa no rio, a probabilidade de um retorno destas espécies aumentou. A lagoa coberta do restaurante aposta no regresso do salmão.
A ilha do museu, que será finalizada em meados deste ano, é um parque de água doce que recebe água do rio através de um canal recém cavado. As marés e as variações sazonais nos níveis de água podem ser claramente experimentadas graças à ligeira inclinação dos bancos ao longo do riacho. As pistas também criam uma rica diversidade de flora e fauna, de modo que cada visita à ilha seja diferente. Um caminho sinuoso dá acesso à ilha, que muda continuamente na aparência por causa da mudança dos níveis de água.
A 'Experiência Biesbosch' será realizada na ilha, na primavera de 2016. Esta maquete do Biesbosch explica a função da gestão da água e a importância da área quando os níveis de água estão elevados. Dentro de um ciclo de 30 minutos, o nível da água vai de "extremamente baixo" para "extremamente alto". As crianças e os adultos são capazes de alterar o curso da água através da operação de vários tipos de fechaduras.
O museu ao ar livre do outro lado do rio apresenta uma mata de salgueiros onde os visitantes podem aproveitar a natureza, além de um viveiro de patos e de castores.
Nota: Este projeto foi originalmente publicado em 7 Fevereiro, 2016